Nesta sexta-feira (11), os investidores amanhecem o dia na expectativa da divulgação do IPCA de julho. Desde o início de agosto, o Ibovespa tem fechado todos os pregões em queda e já acumula um recuo de 2,95% no mês. Nesta quinta (10), a bolsa passou boa parte do dia operando positiva, refletindo o bom desempenho das bolsas norte-americanas, mas virou para queda ao fim do pregão.

O Ibovespa encerrou o dia com uma queda 0,05%, aos 118.350 pontos. No ambiente doméstico, as quedas da Vale (VALE3) de 1,18% e dos papéis ordinários da Petrobras (PETR3), que caíram 0,03%, puxaram o índice para baixo no final do dia.

2. IPCA volta a subir em julho

Há pouco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados referentes ao IPCA de julho. O índice responsável por medir a inflação oficial do país voltou a subir depois de 12 meses seguidos em queda. De acordo com os números apresentados nesta manhã, o IPCA anual subiu de 3,16% em junho, para 3,99% em julho.

No mês, a inflação foi de 0,12%, uma nova alta depois da primeira deflação mensal do índice em junho (-0,08%). O aumento no último mês foi puxado pelo grupo dos transportes, que teve uma alta mensal de 1,50% em julho, que teve impacto principalmente da gasolina, que subiu 4,75% no mês. Do outro lado, os grupos de habitação (-1,01%) e alimentação (-0,46%) lideraram as quedas.

Mercados nesta manhã

– Dow Jones Futuro – 35.259 (+0,02%)

– S&P 500 Futuro – 4.483 (-0,06%)

– Nasdaq Futuro – 15.178 (-0,14%)

– Ibovespa – 118.350 (-0,05%)

– Shanghai – 3.189 (-2,01%)

– Nikkei 225 – 32.473 (+0,84%)

– FTSE 100 – 7.535 (-1,08%)

*Valores consultados às 9h.

Calendário Econômico

Confira os principais eventos econômicos desta sexta-feira:

Brasil: IPCA (9h)

Estados Unidos: IPP/Jul (9h30), Confiança do Consumidor e Expectativa de Inflação-Univ.Michigan/Ago (11h)

China: Novos Empréstimos/Jul (05h30), Financiamento Social Total/Jul (5h30)

Reino Unido: PIB 2T23 (3h), Produção do Setor de Construção/Jun (3h), Produção Industrial/Jun (3h), Índice do Setor de Serviços (3h), Balança Comercial (3h) 

Balanços: Brasil (Comgás, Bradespar, Inepar), EUA (Polyus, Credicorp, Lufax)

Via pretende fechar entre 50 a 100 lojas deficitárias da Casas Bahia e do Ponto /Foto: Divulgação-Casas Bahia

3. Balanço de varejistas

A Via (VIIA3), empresa responsável por marcas como Casas Bahia e Ponto, abriu nesta quinta-feira os balanços das maiores varejistas do país e registrou pelo quarto trimestre consecutivo um prejuízo milionário. Entre os meses de abril e junho deste ano, a Via registrou um déficit de R$ 492 milhões, acima das projeções do mercado.

Desta vez, a Via divulgou junto ao balanço um novo plano de ação para reverter o cenário de baixa. A companhia informou que passará a financiar o seu crediário por meio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs) a partir de agora, e não mais nos tradicionais carnês, onde adiantava os valores com os bancos. A varejista também deverá fechar de 50 a 100 lojas deficitárias.

Na próxima segunda-feira (14) será a vez do Magazine Luiza (MGLU3) apresentar os seus dados para o trimestre. É esperado que a varejista tenha um prejuízo de R$ 160 milhões entre abril e junho.

4. Inflação reforça aposta para pausa do Fed nos juros

Depois dos dados de inflação dos Estados Unidos divulgados na manhã de ontem, as apostas para uma pausa no ciclo monetário do país por parte do Federal Reserve na próxima reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) voltaram a aumentar no mercado financeiro.

O aumento mensal de 0,2% pelo segundo mês consecutivo é encarado como um bom sinal, dado que esta é a primeira vez em mais de dois anos que a inflação norte-americana (CPI, na sigla em inglês) sobe a níveis tão baixos em meses seguidos. A probabilidade de uma manutenção dos juros nos atuais 5,50% gira em torno de 90%.

5. Bitcoin se mantém após inflação nos EUA

As expectativas para uma movimentação mais brusca das cotações do Bitcoin após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) não foram confirmadas até então. Nas últimas 24 horas, a principal criptomoeda do mercado recuou apenas 0,05%, sendo negociada na casa dos US$ 29.400.

Os dados mostram que o Bitcoin se consolidou nesta faixa desde o final de julho e pouco se movimentou além dos US$ 30 mil. Uma eventual mudança nesse panorama só deverá ser observada com as respostas da SEC sobre os pedidos de ETF de Bitcoin à vista.