Ações do UBS sobem após abrir em queda de 16% com anúncio de compra do Credit Suisse

Maior banco suíço anunciou compra do Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões

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As ações do grupo suíço UBS começaram a subir nesta segunda-feira (20), depois de uma manhã cheia de turbulências, quando seus papéis despencavam 16% – o maior recuo dentro do período de um dia desde 2008.

Os papéis do maior banco da Suíça iniciaram esta segunda-feira com fortes quedas após o grupo informar um acordo de aquisição do Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões, o correspondente a três vezes mais do que a oferta inicial. O UBS vai assumir cerca de US$ 5,4 bilhões em perda.

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O Credit Suisse, por sua vez, atingia uma baixa recorde de 60% por volta das 7h10 (na Bolsa de Zurique), a 0,73 francos suíços.

O Ibovespa e os principais índices europeus também abriram o pregão desta segunda em baixa, contudo, subiam ao longo do dia.

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Às 14h21 (horário de Brasília), o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, recuava 0,93%, a 101.030,39 pontos.

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Aquisição do Credit Suisse

O UBS anunciou a compra do Credit Suisse no domingo (19), após as ações do segundo maior banco suíço derreteram na última quinta-feira (15).

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Na semana passada, os papéis do Credit Suisse despencaram quando o banco central da Arábia Saudita, seu maior investidor, rejeitou um novo aporte por questões regulatórias que o  impediriam de injetar mais dinheiro na instituição.

“Esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros no que diz respeito ao Credit Suisse, este é um resgate de emergência”, informou o presidente do Conselho de Administração do UBS, Colm Kelleher, a repórteres.

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Fachada prédio do Credit Suisse/Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

A aquisição do banco rival tenciona o freamento de um contágio no sistema financeiro global. “É absolutamente essencial para a estrutura financeira da Suíça e para as finanças globais”, Kelleher continuou.

Juntos, os dois maiores bancos do país somam uma instituição bancária com mais de US$ 5 trilhões em ativos totais.

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“Ambos os bancos têm acesso irrestrito às facilidades existentes do Banco Central da Suíça, através das quais podem obter liquidez no SNB (Banco Nacional da Suíça, o banco central do país) de acordo com as diretrizes sobre instrumentos de política monetária”, disse o UBS em comunicado.

A compra, no entanto, é acompanhada de dúvidas do mercado financeiro, diante das quebras recentes de dois bancos norte-americanos e os temores por uma crise bancária.

Reflexo nos mercados mundiais

Na Bolsa de Valores de Zurique, por volta das 8h40, o UBS sofria uma desvalorização de 5,32%, a 16,20 francos suíços, ao mesmo tempo que as ações do Credit Suisse recuavam 59,95%, a 0,75 franco suíço.

Em contrapartida, por volta das 17h50, no pregão de pré-fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 apresentava uma alta de 0,98%, a 440,60 pontos. Durante a manhã, o indicador das 600 maiores empresas do continente atingiu seu nível mais baixo em três meses, com uma perda de 3,2%.


O FTSE 100 fechou a bolsa de Londres com uma valorização de 0,93%, a 7.403,85 pontos, junto ao índice DAX, em Frankfurt, que avançou 1,12%, a 14.933,38 pontos.

Em paralelo, em Paris, o CAC 40 subiu 1,27%, a 7.013,14 pontos, e o Ibex, em Madri fechou com uma alta de 1,13%, a 8.817,61 pontos.

Da mesma forma que o PSI, em Lisboa, avançou 0,79%, a 5.769,33 pontos, e o FTSE MIB subiu 1,59%, a 25.899,57 pontos, em Milão.

Já nas bolsas asiáticas, a Bolsa de Valores de Hong Kong fechou com um recuo de 2,65% do índice Hang Seng, a 19.000,71 pontos. Enquanto o índice Nikkei fechou a bolsa em Tóquio com uma desvalorização de 1,42%, a 26.945,67 pontos. 

O sul-coreno Kospi perdeu 0,69%, a 2.379,20 pontos, e o Taiex fechou uma baixa de 0,21%, a 15.419,97 pontos, em Taiwan.

Na China continental, o Xangai  Composto apresentou uma desvalorização de 0,48%, a 3.234,91 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 0,32%, a 2.053,65 pontos.

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